Cometas prateados, bebo o néctar das estrelas,
Ao luar de madrugada estou só, a vê-las,
E penso nas voltas que dou nos lençois,
Não durmo, por estar em ti,
Longe de tudo o que me rodeia,
De tudo o que está aqui,
Em nada me conservo e de tudo me reservo,
No espaço há o silêncio,
E no silêncio não há espaço,
Estou apertado e não me consigo mover,
Não vivo por não te viver,
Gravidade zero na minha atmosfera,
Leve como penas e suave em sapatilhas,
Assim eras,
A última pincelada na tela escura,
Deu luz á minha loucura,
E vi-te passar estrela cadente,
Não te agarrei impotente,
Mas desejei-te.
Obrigado a tudo o que me inspira.