Poemas : 

O CIO DO BARRO

 



Entre o cio e a terra,
deito dedos no barro,
moldo, remexo e afago,
o húmus que este encerra.

Entre o cio e o mar
subo ondas, desfio,
fio a fio, o tear
do meu imenso fastio.

Entre o cio e a noite,
a erecção é um falos de terra
e o mar como num açoite,
explode no rosto de quem berra.

E o barro assim, já suavizado,
empresta ao momento,
o seu traço imortalizado,
nos dedos do meu alento.


Jorge Humberto
(18/12/2003)

 
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jorgehumberto
 
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Enviado por Tópico
TrabisDeMentia
Publicado: 04/05/2006 19:17  Atualizado: 04/05/2006 19:17
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 Re: O CIO DO BARRO
O titulo resume tudo! Adoro os seus poemas! Primeiro porque adoro rima, segundo porque voçê sabe como a usar! Parabéns!