Em hausto dantesco engoli a noite e vomitei tristeza,
Minhas costelas estremeceram como caixão sacolejando na estrada,
Feito um orgasmo abortado,inocência decaptada
Cobri a poeira de estrelas no cadáver de olhos abertos.
Em seus cílios longos miríades de sonhos descobertos,
Meia noite na montanha sem luz,é dia de luto no inferno,
Mas o canto de tua beleza jamais se perderá na lembrança.
Desviando o caminho dos deuses o sangue jorrou direto para lábios famintos,
Como eu gostaria que suas mãos tocassem-me agora
Para que todo mal se transformasse em ilusão e chagas finalmente fechassem,
O romper do sonho ocorre sempre na mádiva de orvalho doentio ,cuspido,
Decompondo o encanto de amor em doces palavras.
No outono quando o túmulo aparentava estar mais próximo caminhei no bosque do cemitério,
Buscando algum alento sob as árvores desfolhadas E o frio enregelou meu corpo fraco em atonia invasora e pervertida,
Nenhuma sombra moveu-se desde então,ebúrneo permaneço para verter lágrimas em homenagem romântica,
Nos dias eternos que escorrem entre meus dedos finos e deformados de monumento fúnebre.