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Amor

 
A poesia esqueci num leito de cardos
Reaprendi-a nos teus olhos, na tua boca,
Nada a nada, tudo a tudo, tão pouca...
Tanta para mim... sem o Dom dos bardos!


Pouco importa! Deixa o coração falar,
Dizer que te quer, que te ama,
Dizer, num sussurro, que o Amor me chama,
Me faz ser mulher, me faz... Desejar!


Leva-me nos teus braços ao Céu,
Ao Inferno, ao fim da Eternidade,
Que só na Eternidade não cabe
Um Amor tão grande como o meu!


Leva-me nos teus braços ao fim do Fim,
Ao Absoluto, uno, indivisível
Onde me perca no...inverosímil?
Deixá-lo! Quero ser em ti o melhor de mim!


Leva-me nos teus braços onde fores capaz,
À Felicidade, ao desespero da Paixão
Que dilacera, fibra a fibra, o coração,
Para de novo o fundir e lhe dar a Paz!


Não quero mais nada, mas é tanto o que quero
Que, sem coragem, não sei se quero querendo
Ou se não quero, temendo
Desesperar do que tanto espero!



Goretidias

 
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goretidias
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 09/04/2007 21:47  Atualizado: 09/04/2007 21:47
 Re: Amor
BELO;)

Enviado por Tópico
Valdevinoxis
Publicado: 09/04/2007 22:38  Atualizado: 09/04/2007 22:38
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Localidade: Aguiar, Viana do Alentejo
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 Re: Amor
"A poesia esqueci num leito de cardos
Reaprendi-a nos teus olhos, na tua boca,
Nada a nada, tudo a tudo, tão pouca...
Tanta para mim... sem o Dom dos bardos!"

Esta abertura é o espelho do poema e resume-o. É um texto muito bem concebido que é fortemente ajudado, em termos de leitura, pelo agrupamento dos versos em quadras. Está magnífica a forma apaixonada com que é tocado/a quem lê o poema.

Valdevinoxis