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CRUEL HUMILHAÇÃO

 
Abutres no silêncio da noite
Como espectros lúgubres
Passeiam incólumes
A devorar solitárias almas,
Abandonadas sem lume...
E no desespero atróz
No fio da navalha, o algóz,
degola a vítima a sós,
No sepulcro de suas dores,
Na primavera que não floresce,
No morrer de cada sol
Qu'enegrecido vomita
Os desvarios que o corroíam
Por suas veias tão veloz...
Lavrando o final das contas,
Onde a razão se amedronta,
O princípio é o que menos conta
E dá lugar ao seu túmulo,
Eterna moradia e lar.

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O homem justo cresce e se desenvolve ético por opção, não por coersão.


Mônicka Christi


 
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Mônickachristi
 
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Enviado por Tópico
Hisalena
Publicado: 28/09/2008 14:06  Atualizado: 28/09/2008 14:06
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Usuário desde: 30/09/2007
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Mensagens: 734
 Re: CRUEL HUMILHAÇÃO
Um poema intensamente triste, mas nem por isso menos bonito.
Muito profundo, introspectivo e incrivelmente triste.