Enviado por | Tópico |
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Alemtagus | Publicado: 27/09/2008 11:23 Atualizado: 27/09/2008 11:23 |
Membro de honra
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Re: ESQUINAS p/ LuciaLópez
Algumas imagens e formas míticas, bíblicas que faem crescer a curiosidade da leitura, mas que, por ser excessivamente extenso, se perdem na divagação e na tentação de escrever o absurdo que é sempre difícil, mas meritório. Quero ler mais.
Beijo |
Enviado por | Tópico |
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jessébarbosadeolivei | Publicado: 27/09/2008 11:31 Atualizado: 27/09/2008 11:31 |
Da casa!
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Re: ESQUINAS
divagar que irmana o universo interno e o externo,
apesar de aparentar desdém por um deles. não, vejo este desdém como um sofisma que camufla conflitos e revolta; a contemplação aplaca-lhe o vórtice que habita a alma. |
Enviado por | Tópico |
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Margô_T | Publicado: 15/07/2016 09:09 Atualizado: 15/07/2016 09:11 |
Da casa!
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Re: ESQUINAS
Apesar de extenso, não lhe retiraria um único verso, já que o ritmo do poema está muitíssimo bem concebido e não há, a meu ver, qualquer dificuldade na leitura (até porque os versos são curtos, não o tornando demasiado “pesado”).
Um poema de imagens fortes e vocabulário muito bem escolhido. Além do mais, o poema é puro antagonismo, uma vez que ao detalhar tão exaustivamente aquilo que “não compadece” o autor está, na verdade, a salientar aquilo que o compadece. Um “grito que alcança/o infinito”, que, ultrapassando as portas fechadas, nos põe “na pele” desse “olho cego” de quem foi “arrebatada a cor”, nos aflige com as “carnes magras/que revestem a brancura” dos “ossos”, nos lembra que todos somos “enganosamente imortais”, bem como “das mãos calejadas”, “do sonho que acabou” e “do amor e seus tormentos”. A solidão “aflita, quente, sofrida” não engole a “amplidão do olhar” de quem escreve este poema, já que as “noites frias e azuis” se ouvem por entre estes versos, num “gotejar solene”, neste “delírio insano”, que escorre de quem se compadece. Fortíssimo! |