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TEMPO DE VIDRO

 
Há olhos d´água
na concha das tuas mãos
onde não se bebe do brilho dos cristais
e sim,
da luz que transcende da tua alma.

Há risos d´água
nos retangulos da tua carne
espraiada em seda
nos reflexos de quem inventa a própria vida.

Há beijos d´água
nos lábios da tua boca
e nas sementes da lua, asas coloridas dos teus sonhos...

Há palavras d´água
na calma dos teus crinhos
enxerto de tempo/vidro
que acende nas horas da tua saudade.

 
Autor
LuciaLópez
 
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