Poemas : 

Estrelas Cadentes

 
Assaltam-me assombros,
Dias por noite velados
Em cascatas de estrelas
Que a Lua rega com o olhar,
Em minha volta, escombros,
Restos de corpos marcados
Em chão semeado de velas,
Crianças sós, de par em par.

Nuvens cinzas de mar cavado,
Desejo de esquecer, saber vencer,
Sangue! Rubros ribeiros de batalha,
Espadas caídas, terra queimada.
Sementes de outro mundo rasgado
Por mãos que não me deixam ver
A face estúpida da maralha,
Arame farpado, encruzilhada.

Nasceste num tempo só teu,
Num castelo de pensamentos
Que teima ruir em minha volta
E ergue balsas de outros amores.
És metamorfose que em mim viveu,
Que fez teia de meus movimentos,
Sol de raios que não se solta
E pinta no céu todas cores.


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma


12º Concurso Luso-Poemas
 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
VónyFerreira
Publicado: 27/09/2008 16:00  Atualizado: 27/09/2008 16:00
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Usuário desde: 14/05/2008
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Mensagens: 10301
 Re: Estrelas Cadentes
Parece haver neste poema uma certa nostalgia, diria mesmo amargura, mas está belo, tão belo, que dói que ninguém o tenha comentado mais que não fosse para dizer apenas isso. "Que está belo!"
Vóny Ferreira