Vou pintar de verde o meu destino,
Na esperança que um dia ele entoe um hino,
Não um hino qualquer,
Um hino de vitória,
Um hino de alegria,
Por um amor que não naufragou,
Por uma amizade que não acabou.
Porque me encheu de esperanças,
Como um sorriso, uma palavra, um abraço amigo,
Porque me derrubou sonhos,
Como o mar encapelado,
Que empurra o barquinho que vai sem rumo;
Porque com os sonhos derrubados,
Prossegui, aprendi e talvez venci;
Porque as amizades que terminaram,
Já não voltam como em tempos,
Se é que voltam;
Porque por trás de tudo o que sou, existirá sempre o que fui;
Porque à frente virá o que poderei ser,
E o que serei;
Porque o destino brincou,
Com amores passados e esquecidos,
Com amores presentes e não sentidos;
Porque o destino foi o que escolhi,
Mal, bem quiçá?
Porque as opções que tomei,
Por certo foram as que mais me ensinaram,
Pois as outras não vivi;
Porque além daquilo que sinto, ou finjo sentir,
Haverá o que eu gostaria de sentir,
De descobrir.
Porque não sei o que sou,
Ou porque o sei e mais ninguém sabe.
Porque o destino, já não é o q foi, é o que virá,
E virá pintado de verde...
17-01-99
Diana Gomes