Silêncio ensurdecedor.
Sinto-me como na época da ditadura,
onde o silêncio era o grito de quem
queria ser ouvido.
Ninguém se olha,ninguém diz nada, ninguém pode se expressar.
A única expressão é o movimento incessante de quem engole a saliva presa na garganta.
Nada se ouve, nada se diz, nada se escuta...
Somente o repugnante silêncio...
numa sala cheia de gente vázia,num girar incessante de ventiladores.
Corações vázios,
sugestinados a uma única voz, onde
o barulho que mais incomodava era o silêncio.
Silêncio...Silêncio...
Ao Padre Fernando Canomanuel, aula de antropologia
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