Eternas perguntas
Quem sou; De onde venho; Para onde vou, as eternas perguntas ou questões que o homem se coloca, desde que a inteligência chispou com algum «fragor» na sua cabeça.
Até aí, e se nos não repugna que o Homem tenha evoluído através dos tempos, tendo conhecido estádios pré-humanos e mesmo irracionais, aquelas questões nem tinham que se lhe colocar. O problema surge e prevalece a partir do momento fantasticamente histórico em que esse ser, decerto diferente, dá o «salto» para a Racionalidade.
Nessa hora, que terá sido um mundo de Tempo, o universo deve ter estremecido, por que algo de incrivelmente prodigioso estava a acontecer, A partir daí o homem passou a ser Homem ou, pelo menos, a caminhar na senda da humanização.
Mas esse prodigioso Salto não significa que a vida desse Ser se tenha tornado mais fácil. Bem pelo contrário, passou a estar marcada pelo «pesado peso» da Responsabilidade. Poderá pois dizer-se que a inteligência gerou a responsabilidade e, acto contínuo, a busca do Sentido da Vida. Será então que ao Homem se colocaram pela primeira vez, as três grandes questões com que iniciamos esta reflexão: Quem sou, de onde venho, para onde vou.
No tempo do homem das cavernas, essas perguntas essenciais detinham-lhe já o passo ou tiravam-lhe o sono; há cinco mil anos, não presumimos mas sabemo-lo de fonte segura, era essa a atitude do Homem. Incrível é que hoje, em pleno século XXI, quando se tem na conta de civilizado e parece que nesta Terra nada mais há para descobrir, o homem confronta-se exactamente com as mesmas cruciais questões.