Acidente na Ferrovia
Há um grande alvoroço
Mesmo junto da Estação.
Da linha sai um moço
De lencinho ao pescoço
E sem um arranhão,
Depois de ter ficado
Na linha deitado
Enquanto passava
Um combóio que não vira...
E a sua salvação
Foi deitar-se no chão
E ficar bem quieto...
A morte passava perto...
-Ele tinha má visão!
É então que aparece
De barriga empinada
A grávida inconformada
Como sempre acontece
E assim se lamentava:
“Ficou debaixo do combóio
saiu ileso, sem um arranhão !
E eu, que não sofro da vista
Saí com este barrigão,
debaixo do maquinista!”
PoetaSenior
José Mota
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