AO Julio Saraiva Ando cansada da porra da democracia

Vóny,

Gostei muito do seu poema, mas com todos os problemas que existe na democracia, esta é melhor que a ditadura. Na ditadura você não poderia fazer um poema assim que poderia até ser presa.

Sem me considerar nenhum censor, dando o direito de você escrever o que bem quiser, acho que não deveria usar palavrões.

Receba o meu abraço

A dita dura, regime politico que as mulheres mais gostam.
Mole é que não...Rs, rs, rs...
Lá saiu palavrão!

Beijo.

Irmã Poeta (não, poetisa, porque nesta hora minha raiva brasileira é solidária a você):

Digo-te, com a carne seca da miséria dos meus versos. Do meu chão, de severinos tão famintos. Como um dia em Morte e Vida Severina, sob a censura ergueu-se a voz de João Cabral. Pá, como dizia meu avô, tão alentejano que me fez tão brasileiro. Que me fez numa estante, às escondidas, numa noite quando eu só tinha doze anos, ou menos talvez, descobrir Miguel Torga como um canto de liberdade. Ando cansado, pá, amiga, da porra da democracia. Que se nos diverte, castra a nós e também a nossos filhos, Ando cansado dos discursos. Ando, às vezes, cansado de mim, que coloco à minha frente esta horrível e mal aceita palavra, irmã, liberdade. Um beijo, poeta. E obrigado pelo peso dos teus versos.

Júlio

Andamos todos cansados da porra da democracia!

São realmente milhares de professores no desemprego!

O palavrão serve para expressar a revolta!
Desde que não seja banalizado, pois bendito palavrão!
Há que contextualizar! E assim o palavrão está justificado!

Abraço
Uma excelente crítica à sociedade...
Ana Oliveira

Vóny! Eu sei que dentro do meu crâneo, tenho uma noz descacada, mas não vejo a ligação entre desmprego dos professores e democracia.
Hoje vivemos num mundo de proveito e os Países com menos possibilidades vivem pior do que aqueles que têm mais.
Bom, digo eu, até já nem sei que dizer nem pensar, mas uma coisa é certa... ditadura? nem pensar, só de pensar fico logo com gripe, para não dizer uma grosseria.
E VIVA A DEMOCRACIA esta mal tratada.


Bjs poetisa
A. da fonseca

Querida Vóny,
Realmente vivemos num pais de mentira, de imagem, os politicos tornaram-se autistas, enfim esperemos que melhores dias venham...

Goastei do seu poema em tom de revolta e de grito!

beijinhos amiga

Luisa Raposo

Ainda não tinha lido nada relacionado com esta tua faceta de critica social, gostei sim amiga, esta revolta contra as desigualdades sociais, mas a vida é assim mesmo, cada um tem que viver com o que tem mesmo que seja injusto minha amiga.

E há algo muito importante, a saude e o amor que nos dá forças para lutar e sobreviver nesta vida de loucuras.

Beijinhos Vony
Tudo de bom para ti

Voninha,
De facto, da forma que o nosso País anda, já não entendo se vivemos em liberdade, não se pode sair à rua, não se pode estar em lado algum, a insegurança é muita, as forças de intervenção
não estão munidas de meios para desempenhar o seu papel na defesa dos cidadãos, as desigualdades sociais acentuam-se a cada dia, o desemprego aumenta, ainda que o governo diga o contrário,os jovens deficientes mentais estão nas escolas em condições adversas às suas necessidades especiais e os professores não estão preparados para esta situação, não têm sequer formação específica, os que têm formação em ensino especial não são colocados.
Posto isto, o que dizer da democracia neste país, também, eu, lamento o momento trágico, a nível da saúde e das condições adversas ao bem estar e qualidade de vida dos cidadãos.
Aprovo e subscrevo o teu grito de revolta, desses são precisos muitos mais, amiga.
Beijinhos grandes
nanda

É realmente pena que a democarcia sirva para FAZER POLÍTICA DE BAIXO NÍVEL, e deitar areia nos olhos das pessoas, de que os exemplos dados são prova...Tenho por experiência que tem sido mais proficuo na protecção dos mais desfavorecidos, que a esquerda esteja na oposição (em democracia)...Ainda por cima, hoje, a máquina do Estado é cada vez mais pesada, quando devia ser mais leve, já que os serviços de utlidade pública estão practicamente na mão dos privados...ou quando públicos, cada vez mais degradados e abandonados...Desta democracia letárgica, também estou farta...
Vony, abraço...

Ninguém nos livra desta porra triste, já dizia - e bem- ,o Jorge (de Sena).
Se me permitir uno a minha à sua voz.

Abraço.

Não, eu não estou cansado da democracia,
disto sim, do que nos dizem ser a democracia, porque vamos às urnas (os que vão), de quatro em quatro anos, se vota sempre e sempre, maioritariamente, nos mesmos de sempre, sem possibilidade de alternativas políticas (o que temos por nossa, dos que votam neles, culpa, grande culpa); isto quanto a mim será uma democracia formal, com a alternância dos mesmos neste baile mandadado, mas não uma "demos cracia" (poder do povo), quando muito é uma oligarquia, talvez uma partidocracia, e sei lá, outras cracias, mas onde o poder fáctico não reside no povo. Mas se é o povo que vota assim e dizem que o povo é sábio, temos isto, e talvez seja isto mesmo o que merecemos: pão e circo, cada menos pão, e mais circo.
E parafraseando José Saramago, quem puder olhar que veja, e quem puder ver, que repare.
E aprenda, se puder e se quiser.
Aprendendo (ou não), todos nós pagamos as favas.
Mas, apesar de tudo, sempre é melhor uma democracia, ainda que só pretensa, só formal, do que qualquer tipo de ditadura.

Domingos da Mota