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Tempestades do Silêncio

 
 
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Foge o tempo na bruma na dor
O albatroz voa para além mar
Vida esquecida sem ódios nem rancor
Dos dedos crescem penas para voar

Passou tanto tempo sem eu me ver
Perdido num redemoinho de agonias
Perdido e solto sem em mim me crer
Passou tanto tempo óh tantos dias

Rendido aos negros nevoeiros do olhar
Cego e surdo neste mar que é imenso
Esqueci-me da alegria do rir do chorar
Estou na borda, do precipício me lanço

Tempestades surdas, o silêncio corre
Numa terra estranha sem frio nem calor
Onde não nasce nem se vive nem morre
Onde não existe o ódio nem o amor

À borda da salvação flutuo na bruma
Sentindo o passar triste dos palhaços mudos
Sentindo o navegar dos barcos afundados
Tocando no meu espírito com dedos surdos

As lágrimas correm secas sem se perder
Deixando os olhos abertos sem ouvir
Percorrendo o rosto inerte ao apodrecer
Onde o silêncio jaz e onde a alma se faz sentir


"Quanto maior a armadura, mais frágil é o ser que nela habita!"



 
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Gothicum
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 23/09/2008 21:06  Atualizado: 23/09/2008 21:06
 Re: Tempestades do Silêncio
Gothicum,
voltei para te ler, e mais uma vez adorei a tua poesia.

Muitos parabéns!

beijinhos

Luisa Raposo


Enviado por Tópico
Nanda_Vamp
Publicado: 19/07/2010 20:05  Atualizado: 19/07/2010 20:05
Colaborador
Usuário desde: 03/06/2010
Localidade: Brasil / Minas Gerais
Mensagens: 545
 Re: Tempestades do Silêncio
Gothicum,

Adoro ler poemas góticos e gostei muito do teu!

"Rendido aos negros nevoeiros do olhar
Cego e surdo neste mar que é imenso
Esqueci-me da alegria do rir do chorar
Estou na borda, do precipício me lanço"
(perfeito!!)

Abraços

Nanda.