Tens a alma profanada pelo desejo da morte,
Estará ela doente?
Trazes-te num poema rasgado por um discurso
sombrio.
Estará ela apenas triste?
Quase me contagio...
Escapam-te da boca e do coração palavras de
infortúnio, como se foras um energúmeno.
Mas, Poeta, dá-te contento.
Não deixes que a má sorte te bata à porta,
Dá-lhe luta.
Não te entregues.
Dá-te ânimo, e , entrega-te confiante ao abraço
de um Amigo,
Vais ver que a tempestade logo, logo, passa.
Canta e ri de contentamento,
Que a vida te agradece.
Escreve um poema laudatório,
Um hino ao Amor,
Faz uma prece a Deus, com convicção.
Verás que a tristeza se desvanece.
O desespero não nos paga as dívidas,
Não nos resolve as contendas,
Não traz luz à nossa razão,
Antes nos cega a visão da consciência.
Nem sequer nos oferece a melhor solução,
Nem nos dá resposta às dúvidas de existência,
que a nós assolam todos os dias.
Poeta, vai à luta,
Porque a vida te agradece.
VAI, NÃO PERCAS TEMPO,
PORQUE O TEMPO PASSA DEPRESSA,
E QUANDO A PRIMAVERA CHEGAR,
TU TENS QUE AQUI ESTAR,
PARA A PODERES SAUDAR,
PARA QUE ELA TE MIME A TI,
E TE ILUMINE COM A LUZ DA
FÉ E DA ESPERANÇA!
VÁ, QUE A VIDA TE AGRADECE.
beatriz barroso