Sonetos : 

Sem Rumo

 

Se a máquina do mundo me devora
Eu morro de prazer nessa tortura;
Invento novos sons, novas histórias,
Perdido na ilusão da noite escura!

E no balanço mórbido das horas
Eu tento me encontrar, mas, na procura,
Esqueço-me que a luz da nova aurora
Virá cobrir o céu de formosura!

Na intensa claridade de outro dia
(Meu corpo mergulhado na utopia!)
Serei mais um escravo do consumo...

E beberei a vida em "Coca-Cola"
De calça Jeans, Boné, Chicle de bola,
Sem norte pra seguir, sem lar, sem rumo!...


Ciro Di Verbena

 
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cirodiverbena
 
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Enviado por Tópico
Nanda
Publicado: 22/09/2008 15:00  Atualizado: 22/09/2008 15:00
Membro de honra
Usuário desde: 14/08/2007
Localidade: Setúbal
Mensagens: 11099
 Re: Sem Rumo
Oh Ciro
está encantador o teu soneto e a imagem de alguém de boné, calça jeans e a mascar chiclet, ao sabor do vento.
Bjs
nanda

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 22/09/2008 16:21  Atualizado: 22/09/2008 16:21
 Re: Sem Rumo
Caro Ciro,
nestas suas palavras que me conquistaram logo no inicio,

« Se a máquina do mundo me devora
Eu morro de prazer nessa tortura;
Invento novos sons, novas histórias,
Perdido na ilusão da noite escura! »

Lindo e poetico, a fazer lembrar um murmurio.

Parabéns!

Beijinhos

Luisa Raposo