Na minha janela o vento chora
Em meu peito o frio é imenso
Danada da tristeza que não vai embora
Vou guardando as lágrimas no lenço
O vento, o frio
A alma, a lágrima
No corpo um arrepio
Na noite o vazio
Lembrança sem rima
Saudades de dança
Da mulher menina
Da menina criança
Gelo dentro, frio lá fora
Ficarei sem ver o sol
Tomo essa decisão agora
Da janela vejo o farol
Farei por certo o contrário
Ficarei de sentinela
Enquanto tu dormires eu velo
Sentada olhando à janela
No silêncio que precede a alvorada
Ouvindo o zunir do vento feito açoite
Tendo como companheira a madrugada
Assim, passarei essa noite!
Eliana Braga
Gaivot@
Campinas/SP/Brasil