Em plenitude a alma se enleva
Emerge ao mais alto do firmamento
Faz um retrospecto da vida
Observa milhões de olhares famintos
Mais além, outros,
Sedentos de sangue!
Ironizando a vida
Vibram com o horror do banquete.
Quase desiste da volta
Mas sabe que aqui está seu destino
Comprometido à Vivência
À sublimação da Existência
À redenção dos pecados
Outrora deixados em débito!
Mães chorando nas guerras
Filhos desaparecendo no horizonte!
Eterna luta do homem
Estabelecida com ele mesmo!
Crianças dormindo ao relento
Subjugadas à margem da vida
Expostas à miséria ... Destruídas ,
Ultrajadas... Condenadas!
De outro lado mais bombas caem
Centenas de vidas se apagam
A alma retorna ao seu mundo
Rumo ao silêncio profundo
No seu regresso, envolta ao barulho
A alma sofre e então chora!
Pensa baixinho e murmura:
O Amanhã não Demora!
Eliana Braga
(Gaivot@)
Campinas/SP/BR