Ruas apinhadas de gente! Há festa na cidade e o povo das redondezas veio para se divertir nos festejos. Mas, enquanto uns rodopiam e gozam da sua liberdade, outros tentam recuperar de uma semana de trabalho e perdem essa mesma liberdade. Por todo o lado estridentes e enormes autofalantes vomitam sons que de músical apenas têm o som instrumental. Estremecem janelas e portas das casas e o "povinho" acotovela-se pelas estreitas ruas. O sossego necessário para um recuperador descanso está afastado, pois, a barafunda musical jamais o permitirá. A noite avança e a algazarra continua sem o mínimo respeito pelas liberdades de cada um. Duas horas da manhã! Seria razoável que os festejos terminassem a esta hora. Mas, não. Lá fora a mesma folia avança. Já não há forma de descanso e aquilo que deveria ser uma noite de recuperação, converte-se em noite de insónia e pesadelo. Bendita liberdade!
jose rafael