O cigarro que me consome a vida
não é pior que o silencio do meu sentimento
e no refugio de uma asa ferida
não choro mais minha querida,
se sinto um imortal descontentamento
Qual poesia feita em nós
entrelaçados no peito aberto
a liberdade faz-nos sós
e grita-mos em muda voz,
E o que é a vida ao certo?
Arrependimento de amar
nunca perceber um verdadeiro querer
nunca perceber onde se quer morar
abrir a asas e poder-se voar
E nunca, nunca se perder...
Vida esta que é só minha
por mais que queiras não é tua
assim queria eu, ficar sozinha
Numa luta que se avizinha
Numa casa, noutra rua...
MF