Olho para o nascer do Sol... Eu perco-me nas suas cores...
Estou infinitamente perdido na profundidade de pensamentos ocos e sem sentido.
Procuro a explicação no propria função do ser.
Ele não me explica. Nada explica... hoje poder ser o último dia em que acordo e em que o sol me aquece o corpo.
Nada me justifica amanhã o amanhecer ser sombrio e fechado.
Desfaço a cama. Arranco estes lençois. Sinto o frio da madeira. O arrepio na espinha.
As provas que estou vivo. Hoje... Agora... Sim... Ainda vivo...
Ainda sonhador... Ainda ébrio de sentimento...
Vou me levantar... E vou procurar-te...
Vou alterar que o fim seja amanhã.
Vou mudar que algo me consiga fazer esquecer.
Batas deram a pena Capital...
E eu andei toda uma noite pelas ruas cruzadas que me separavam de ti...
Numa delas qualquer... me perdi... e não te encontrei...
Sentado na beira do passeio...
Sentado no encalço do sonho...
Estou a susurrar... Que o percurso foi acabar...
Sem ainda ter começado.
Novo ou velho, sonhador ou de misterio...
Alma penada de carne e osso, com tanto para viver...
E segundos para se encontrar...
Na última batida no meu peito será quando foi dada a ordem...
Vou ... encontrar-te...
E olhando-te nos olhos...
Vou-me eternizar...
Não...não irei morrer...se nesse olhar eu ficar...
E na última batida sorrirei...
porque no teu olhar...
perdurará todo o meu amar...
(Se alguém tiver de dar um passo na sua evolução... não deixem de sonhar... voem...)
Alexander the Poet