Pululam, ao sabor da brisa, da tarde,
árvores, flores silvestres e arbustos,
sem lugar fixo, para suster a aragem,
que, por esta altura, faz morada aqui.
E este frio de aluvião, colhe o rosto
das pessoas, fazendo-as acelerar o
passo, na ânsia de chegar a casa, na
curiosidade, que se debruça à janela.
Animais recolhem a suas tocas, quiçá
esperando uma amnistia, desta tarde
ventosa, e, suas sombras, silhuetas
e muros, são como etéreos espectros.
Acendem-se as raras luzes nocturnas,
que pouco mais alumiam, que insectos.
Insectos que volteiam tontos, em intenso
atropelo, prestando-se aos morcegos.
Jorge Humberto
17/09/08