Amor que foge enganado

A palavra sai.
A dor adormece...
A saudade vai.
O poema acontece...


E o seu é maravilhoso !

Parabéns

Retirado o sentir, daquilo que se perde, na ausência do sentir...
Olá grata pelo comentário e dica...
Ups, ando ainda meia perdida, mas lá consegui...
Bjca da Cõllybry

Belo soneto. Diferente do habitual estilo do Poeta Valdevinoxis.

"Sai-lhe, então, do interior
amor feito desamor,
desejo feito em dor
num gritado extertor."

Esta quadra descreve uma situação real e sofrida. Os sonetos de amor encantam-me.

Parabéns.

Maravilhoso,excelente...

Nem tenho palavras tenho para descrever tao belo que é

Maravilhoso!
Bjs

Querido poeta

Um corpo rendido
desprendido
desejos feito em dor
fica realmente abalado
estes sentidos que ficam
acabados por um amor que vai

meu amigo que soneto belo
Parabéns...

beijinhos no coração

Quis um dia o destino
Que alguém me tivesse chamado
E que por aqui te tenha achado
E os teus poemas me tenham encantado
Porque foi o destino...
Que me mostrou o caminho
Onde a poesia reina com imenso sentido
E onde a amizade é também carinho
E partilha...
E alegria...
E poesia...

Tudo isto para dizer, que cada vez gosto mais deste cantinho onde encontrei almas talentosas e especias com quem espero vir a aprender!
Tu(desculpa tratar-te assim), és uma dessas almas que muito aprecio e admiro.
Obrigada!

Beijo soprado

Retira-se o sentido, arrefecido, desabrigado, urdido
a um sentir perdido, no verbo verde de um tempo
por desprendido. Derivado, desvairado,
de corpo rendido.

Sai-lhe, então, do interior, do fundo concavo do peito
amor feito desamor. É flagelo, cravo ferrado,
desejo feito em dor na flor arrebatada da pele…
Num gritado estertor.

Desvanece-se e cai - esbatesse a pele, no desidrato,
abala, desaparece, vai –, pó, fuligem ao vento
e no chão, seca uma gota que sai,
inopinada, da raiz do próprio lamento.

Quis o destino ser chorado, espelhado em si mesmo,
por (se) sentir raro e acabado. Quis o equívoco, nada mais ser
que um gemido ou carpido.

Um objectivo renovado.
Não mais chorar, por sentido que fugiu enganado.
Retira-se o sentido, desse sentido derivado.
Um novo rumo, um novo hino a duas vozes ensaiado …

***
Val, foi o que saiu ao correr das teclas ... espelhei o teu poema. Perdoa!
Claro que gostei dele, senão não o espelharia, óbvio!
Abraço!

Uma séria transformação... muito bem traduzida por palavras vindas de quem tão bem escreve! Um abraço
Goreti

Penso que quando um amor foge enganado não foge só do que sente, mas também do que não quer sentir!
Adorei o poema!
Tytta