derrama-se
na tua mão, ramagem verde d’inocência,
desfolha p’lo vento,
em apoplexias, golpes sempre violentos
de um sol que brilha pálido
em teclas occipitais e na corrente sanguínea
e fede o medo da fotografia em jornais,
privado do juízo
o corpo sequioso da árvore incerta
suspende por segundos o movimento rotativo
justaposto em nódulos constritos e serosos
de seivas afectadas de tardias
que estrangulam as veias
esconsas por onde vagueias
a medo, menino da favela …
derramada em tua alma
a impotência de um gesto
que se ausenta
e nos aparta
e nos congrega
e não s’ aquieta
apoplexia lenta esta
que nos cerca e nos impede de,
à luz da água líquida,
avançar
matando a sede e dar sentido
à palavra liberdade …
“só há liberdade a sério quando houver…”
apoplexia, a tua demiurga verdade.
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