Poemas : 

GUDES

 
Para escorregar e cair,
Olhar pro céu e as estrelas,
Voltar a ser criança.

Para lembrar da terra
E das bonecas,
Dos tempos do quintal.

Pra fugir da rotina,
Voltar a ser menina,
Machucar, correr pra mãe.

Para lembrar do tempo
Em que tudo era doce
E não havia preocupações.

Esquecer das brigas e intrigas
E com todas as amigas
Fazer um mundo no quintal.

 
Autor
Árvore
Autor
 
Texto
Data
Leituras
711
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Preta
Publicado: 26/09/2008 01:34  Atualizado: 26/10/2008 01:14
Muito Participativo
Usuário desde: 12/08/2008
Localidade: Salvador - Ba, Brasil
Mensagens: 53
 Re: Gudes
Ai, como me emociono, também, com esse teu poema... Ele traz maravilhosas recordações... Tempos em que as cianças tinham espaço de sobra pra se divertir, sujar, brincar, correr, cair, levantar, brigar, fazer as pazes. Em que não era preciso sair de casa pra imaginar, criar, viver num mundo diferente... Ali mesmo, no quintal daquela casa, naquele interior, pudia ser feito isso e com muito esmero. Tempo em que se sujar era sinônimo de criar anticorpos. [risos] Hoje, o que vemos? Crianças vivendo entre muros, grades, sem um contato maior com a terra, viciados em jogos, na maioria, não educativos, preocupadas com a estética, namoro, etc e tal. Vemos bonecas e bonecos fantasiados de crianças ou virce-versa. Como dizem os mais velhos: "naquele tempo sim, se brincava, criança era criança".

Ah! Como é doce e gostoso recordar os tempos da infância, em que adorava bricar de gude, de bola no meio dos meninos e sempre levava umas palmadas por isso.

Sou apaixonada também por este poema, pois ele tira-me dessa rotina melancólica e indesejável, fazendo-me recordar de alguns poucos momentos de espontaneidade e felicidade... Parabéns!!!

Abraços aconchegantes minha querida Árvore...