O espaço vazio consome,
Na luz ausente, murmúrios, tristezas,
E sozinho disparando lágrimas,
Esvoaçam memórias, esvoaçam riquezas.
O soluçar simples de gente comum,
É sincero, verdadeiro, é diferente,
E não há naquele segundo quem faça,
Olhar nos olhos de quem mente.
A verdade que magoa, ou se sente,
É fadiga a mais no fado que nos vemos,
Porque é verdade quem nos ama sem amar,
Mas é mentira quando amando, perdemos.
Oiçam o soluçar silencioso da noite,
O semblante que à luz nos mostra o dia,
Uma lágrima que brilha e vai brilhando,
De longe, o lobo que uiva, o gato que mia.
Momentos ternos envolvem a tez,
Clara ou escura, o tempo passará,
E verei nas ruas da angústia,
Uma olhar diferente, o sorriso brilhará.
Força a quem precisar.