Faz hoje precisamente sete anos, que pessoas
desesperadas, se jogaram dos enormes
edifícios, buscando o vazio, preferindo essa
morte, a morrerem queimadas em vida.
Num ataque brutal, de gente sem
escrúpulos, fundamentalistas enraizados,
enormes pássaros de fogo, encontram
aí seu terrífico destino, nas torres gémeas,
ceifando a vida a milhares de seres
humanos, que cumpriam mais um dia de trabalho.
Lembro-me que chorei por elas, de raiva e de
impotência, perguntando-me, como era possível,
anos de preparação, tendo como único objectivo,
matar pessoas indiscriminadamente, em nome
de nada, pois nenhuma fé professa o inconcebível.
Apesar de todo o horror, também pude ver muito
altruísmo, desde bombeiros a polícias, a pessoas
comuns, que, arriscando a vida, entraram nos edifícios,
em derrocada, para ajudarem no desespero da hora atroz.
Muitos desses seres humanos valentes, a morte
acabaram por encontrar, na confusão do fumo e
do atropelo normal, em vãos de escadas, que iam
ruindo com o tempo, enquanto enormes paredes,
lhes roubavam o último sopro de vida.
Por fim, ante o olhar estupefacto e sem explicação,
de milhares de transeuntes, imobilizados pelo horror,
que se lhes deparava, viram as torres caírem, quais
papéis de cartas, deixando um enorme buraco, de
ferro retorcido…
Quantas mortes? Ainda hoje ninguém sabe ao certo.
Que fique o aviso para o futuro, para certos países:
acabem de vez com a arrogância, pois quem sofre,
como sempre, ao longo da história, são os inocentes.
Jorge Humberto
11/09/08