Macaé/RJ – Maio de 2002
Descobri o samba, sem querer e sem planejar... Tudo começou de repente... Veio o festival. Apareceu um CD. Encantei-me com o "O Feitiço da Vila" de Noel Rosa e Vadico. Montei um grupo com
formação de chôro, mas para tocar samba.
Tocamos com traje caracterizado. Achei que ficaria melhor com um casal dançando samba. Ficou ótimo. Dormi aquela noite sentindo-me realizado em mais um sonho.
Depois disso desandei a ouvir o samba. Apareceu o Fundo de Quintal. Baixei MP3 sem pretensões e sei lá o porquê. Baixei outro MP3 e outro e outro. Apoderei-me do cavaquinho. Toquei, toquei e toquei. Depois tive de entregá-lo ao Glauber, meu
primogênito. Comprei outro.
Sei lá, mas passei a amar o samba. Imaginando os primeiros sambistas do morro. Sem cultura e pretensões. Simplesmente cantando e dançando os pagodes e partidos altos. O samba falando do cotidiano deles.
O ritmo expressando a alegria, enfim, o samba.
Pesquisei vorazmente pela web tudo sobre o samba. Hoje o samba faz parte da minha vida. Tive de quebrar barreiras culturais em minha formação musical.
Uma coisa ainda não consegui vencer, é o ritmo difícil acelerado tocado no cavaquinho.
Gideon Marinho Gonçalves