" Outra vez me vejo a sós, por entre lapsos do pensamento,
Pavorosamente errante me revejo, a todo o conectado sentir
Que foge de mim desmantelado...Restos do ousar consentir
Noções mais que nocivas, caídas em abstracto alinhamento...
Espasmo dentro de cada meu delineado ensejo.
Percorrem-me ideias, como bacanais propositados,
Diversos, mas no fundo, sempre ansiosamente aguardados
Como erecções abstractas, ilusórias em afectivo desejo..."
E nesse longínquo silêncio, tento redesenhar o rumo
De um viver exaurido, e por frustrações, marcado
Recuperando o sentido, deixo as ilusões no passado
Bendito orgulho que brada, me impele a achar o prumo
E os pensamentos nocivos, emoções vazias, esqueço...
Pois o abstracto é nulo, só minha verdade tem preço.
(Quadras por Paulo Alves...Tercetos por Poetisa Anónima)
Paulo Alves