hoje acordei e vi mais umas destas manchas roxas que me marcam a pele sempre que chegas a casa com esse teu odor nauseabundo a vinho.
hoje acordei e senti uma raiva negra no meu corpo, quis desfazer-me de todas as tuas peças, de todas as tuas memórias, de todos os teus gestos.
fui capaz de pegar em mim e fugir dessa tua violência que me prega lágrimas na cara sempre que te vejo, à janela, a vir direito a casa para um jantar que nunca te faço.
és o frio que nunca veio para me aquecer.
amo-te, perdoa-me este nome. e pelo amor sou capaz de me esconder atrás de todas estas marcas que me deixas na carne, se algum dia me matares… eu direi que morri por amor.
les fleurs mortes.