A Condessa Elizabeth observava os tecidos, de algodão, brancos por sobre as cômodas e almofadas, na sala de estar. Tantos espaços em ruídos faziam os pensamentos levantarem uivos como ventanias rodopiando escadarias que subiam as torres mais inalcançáveis do Castelo dos Randolfs.
Ricardo II já não podia seguir seus passos e ainda que ele estivesse ali, jamais conseguiria perdoá-la...
O tempo poderia ser de glória no resgate desse desejo perdido...As atitudes impensáveis misturavam-se ao desespero da fila dos empregados que iam, não haveria mais bailes, festas, nem recepções, apenas eram cicatrizes que brotavam nas faces de Elizabeth.
A Duquesa Eleodora convidara todos para um grande Sarau, todos os filósofos, cientistas, músicos e artistas, estariam também presentes, era de se esperar que a Condessa Elizabeth, não perdesse essa única ou última oportunidade. O tempo já havia esquecido a esperança e ela resolveu aventurar-se.
A pena e a tinta, por sobre a mesa, ainda restavam na sua cabeceira.
Sir Albert não estava mais ali e nem a ciência...nada explicaria o amor entre eles.
Diana Balis