Ensinei ao vento
uma canção de marear
para as águas dormirem fundas
na dávida dos dias,
em que o mar
se vem sentar a meu lado
para chorar suspiros,
escondido nas ilhas tristes
que trago embrulhadas no olhar,
entre merendas de silêncio
e sussurros pendidos
neste chão de algemas
onde teço o sono do mar
que ensinei a cantar...