Vieste,
Oferecer-me a tua amizade,
Com uma rosa na mão.
E eu, mulher que sou,
Poeta, que me invento,
Não podia dizer-te que não.
Deixei-me invadir,
Por aquela sensação sublime,
que apenas sente,
quem deixa cair sobre si um olhar,
com atenção.
Sorrio,
Porque me pareceu ter ouvido um suspiro teu.
Sem queixume e sem inquietação,
fico serena,
porque parece ser pura imaginação à solta.
Atento,
Sinto agora um perfume diáfano,
Que me põe desperta.
Estarei louca?
Não.
Sinto algo muito próximo,
Pleno de significado.
É o som de tua voz,
Que me segreda algo ao ouvido.
Diz-me assim:
-Dei-te esta rosa,
Porque sou teu amigo,
Uma rosa bela, sem espinhos,
como quero seja a tua vida.
-Ela será o símbolo do sentimento que tenho,
do afecto que te entrego.
Para que até à eternidade, não te esqueças,
Que podes contar comigo.
Amigo,
Eu guardei a rosa
no jardim de meu coração,
quer faça Sol ou chuva,
dela cuidarei,com muito empenho,
porque desejo,
que floresçam novas flores para ti,
dentro do meu peito...
beatriz barroso