Ódio irreal em turbilhão apaixonado,
Uma lágrima faminta que escorre amarga
Bandeiras e suásticas na parede tombada
Ruínas de paixões flamívomas e insegurança preconceituosa.
Favos cabelos de divina nórdica, coração,
Sorrindo inocente diante da mentira incerta
Prudência balzaquiana e entrega, reconhecimento e ternura
Desapareço,perdoai-me sem tomar conhecimento.
A ordem germânica soou triunfando como porta voz
A vida continua tua ,justo admito morto apenas eu em dias de solidão,
Sangue e pátria,romantismo hitlerista .
Daqueles momentos apenas pranto e dor,memórias
A ironia é que o cadáver caminha enquanto a musa desfeita em sonho,
Repousa na placidez de meu caixão tristemente velado.
Sieg Heil! o homem pardo já deixou a luta
Erguendo muros e cercas ao redor da alegria confinada em cinza clamor.
Amor,lamúria,sem paraísos e recompensas,ossos despontam em tarde chuvosa de irrelevante reconhecimento curado pelo tempo.