(para ti Mae)
Sinto no ar a languidez do tempo,
Em que passas-te e eu não vi.
Sinto no ar a tua ternura,
E no entanto não a compreendi.
Vejo-te p’ra lá das nuvens,
Sem te poder alcanҫar.
Mas vejo-me por entre as algas do mar
Entre as sete cores do arco-iris,
No laranja dourado do sol,
No negérrimo da noite e da morte.
Atravesso o rio com Caronte,
Encontro-te por fim.
Oh raio de luz intensa,
Como é grande o amor por ti.
Este desejo de te encontrar viva.....
Com a tristeza de saber,
Que p’ra sempre te perdi.
Consola-me p’lo menos nos sonhos,
Beija-me como em crianҫa.
Mata-me esta sede
De contigo estar.
Dá-me alento e esperanҫa...
Oh Mãe... Amo-te tanto!
Estarás sempre, sempre comigo!!!
Dinah Raphaellus