O dia perfumou-se de acácias rubras
E buganvilias brancas.
Para trás ficou o cheiro de morte,
dos corvos agoirentos sequiosos
de cadáveres secos.
Acende-se o mais belo,
vermelho pôr do Sol.
Os animais deixam de respirar
Não vá trazer azar... o povo ri,
depois de muito chorar.
E mesmo o deserto, pára seus carpidos.
É o começo dos sonhos das cinzas,
Qual Fenixes, renascidos.
Os rios tocam batuques,
Pássaros dançam aos Deuses.
Angola ate’ aqui vazia de esperança
Realiza agora, choros de comoção.
As chuvas crepitam alto,
Na sua alma...açucenas desabrocham
No desértico esperançar d’um povo
Acordo... que belo sonho...
Acordada, espero o nascer do Sol
Desta premonição...
Angola acolher seus filhos perdidos,
Sonhos recolhidos de imbondeiros
De braços abertos e coração.
Embalar as feridas, adormecer a dor
Por fim... dar e receber,
Presentes de Amor!!!
Dinah Raphaellus