Mais uma Sexta, dia ansiosamente esperado durante a semana e quando chega... quando chega chega junto com um enorme espaço vazio, vazio entre as tarefas banais não diferentes da banalidade da semana, mais uma sexta, uma sexta de fim de verão com cheiro a outono, um vaguear em busca da sala de cinema mais próxima, mas... não é o cinema que procura-se, procura-se restos de si espalhados pelos caminhos tantas vezes repetidos que os pés seguem um após outro automaticamente carregando o corpo, as filmes não satisfazem, na verdade nenhum filme satisfaria, uma volta solitário ao mesmo centro comercial que guardou muitos risos seus, a livraria... sim a livraria que convida e os euros que do fundo da carteira gritam, não, a fuga das pessoas, aquela rapariga que já toquei os lábios, o café, outra bica hoje? Não já chega, não é o café que se deseja, deseja-se algo sem saber bem o que, afinal a alma esta turva e os olhos não conseguem ver.