Eram verdes, verdes, verdes as rudimentares caravelas
que plantara a navegar no fundo rotundo e no fulgor dum olhar,
ele próprio fundo encapelado de mar.
Eram rosas, rosas, rosas, as moderníssimas sondas
com que ouvira o rebolado batuque, o nérveo gemido,
do requebro das ondas. Brumas, provindas, quiçá de outras vidas.
Doridas, beijavam no tremor a praia, na orla da sua saia.
As vagas ... notas de amor, envoltas em redes de neblinas -
geladas e perpétuas, marítimas névoas.
Eram doces, doces, ternurentas, as ternuras analogamente
atentas. Rosas dulcíssimas, venturas purpúreas, cerejas, bagos d’uvas.
Rios numerosos, mimos largos, abertos.Confessos abraços, vagarosos de lentos...
Afagos bordados a pé de flor, em passinhos cautelosos.
Meigos, pequenos, na erudição serena do desflorar uma a uma,
todas as etapas, de nudez afervoradas, da cansada jornada.
Contam as cantadeiras que, nas colinas e nas dunas, em cada uma,
lá, onde o Sol se abastecia, a cada findo dia no âmago da maresia,
dos arquétipos lamentos, despontam evidentes Salmos Divinos.
Cânticos povoam marés na voz de Ninfas, Deusas e Sereias.
Falam de mares de afectos. De amantes reencontrados na corrente d’alfabetos.
Epopeias, hinos, louvores supremos...Enaltecimentos
poéticos, versos soltos, sonetos tamanhos... Brocados singelos
beijados sem paralelo na boca dos Oceanos.
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