Poemas : 

sobre a comunicação sem palavras

 
às vezes é preciso um dedo apontado
para acordar outros dedos

muitos dedos apontados são uma ameaça séria
por isso se faz tanta algazarra
/ à volta dos anéis


Nota: todos os textos neste espaço estão registados no IGAC, mas podem ser livremente copiados, desde que me mencionem como autor, tenham link para http://forteondaserena.blogspot.com/ e reproduzam esta nota, sem alterações.

Carlos César Pacheco, 7 de Julho de 2008, 23h27
 
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Azul_Fogo
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 03/09/2008 22:48  Atualizado: 03/09/2008 22:48
 Re: sobre a comunicação sem palavras
Bela poética dedução. Abraço

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 03/09/2008 22:48  Atualizado: 03/09/2008 22:48
 Re: sobre a comunicação sem palavras
Vão-se os anéis.
Ficam os dedos.
Sem os anéis/
talvez mais quedos.

Excelente poema.

DM

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 06/09/2008 13:20  Atualizado: 06/09/2008 13:20
 Re: sobre a comunicação sem palavras
Ola! Belo poema! Nunca esquecer de que quando se aponta um dedo, logo outro se nos aponta...e na mesma mão. Está mesmo muito bonito!
Para o seu Azul de fogo o meu beijo azul.

Enviado por Tópico
willians
Publicado: 11/11/2008 00:12  Atualizado: 11/11/2008 00:12
Da casa!
Usuário desde: 18/07/2008
Localidade: são paulo
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 Re: sobre a comunicação sem palavras
Excelente reflexção poeta parabens.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 21/08/2011 22:27  Atualizado: 21/08/2011 22:27
 Re: sobre a comunicação sem palavras - Para Carlos
Muito bom.

Enviado por Tópico
Margô_T
Publicado: 15/07/2016 10:42  Atualizado: 15/07/2016 10:42
Da casa!
Usuário desde: 27/06/2016
Localidade: Lisboa
Mensagens: 308
 Re: sobre a comunicação sem palavras
“Um dedo apontado” pode ser o fermento da discórdia, “uma ameaça séria”, conforme os “outros dedos” - de repente acordados - apontem, ou não, no mesmo sentido.
Em qualquer dos casos, temos aqui cinco versos (um para cada dedo de uma mão) e com estes cinco versos apontados sobre mim, sinto-me de repente acordada ou, melhor, avisada, que o poema é “uma ameaça” tão “séria” quanto o é um dedo apontado, por isso me quedo aqui debatendo-o e revolvendo-o interiormente.
A parte final é particularmente acidulada… não só porque aponta o dedo para os anéis que se põem e tiram entre noivados e divórcios como por um anel apenas servir um dedo, nunca podendo unir todos esses dedos apontados que, quando acordados, criam tamanha “algazarra”.
Curto mas cheio de mensagem. Gosto.