Passo dias coberto com o manto árduo da canseira.
Sinto uma dor que me remói, infligida em câmara lenta!
Ferida aberta, aos sentidos, onde o tédio se alimenta.
A penumbra é a única centelha desta minha cegueira…
Adormeço, sempre me vejo rebaixado pelo sonho.
Azafama desconcertante, que me dobra a alma!
O anjo do amor, se afugentou com a calma,
Colocou-me no peito a tua ausência…É medonho!!!
A tristeza calmamente se pacifica em mim
Cansei de tanto lutar pela alegria… Quedo assim
No abismo da realidade, que na fantasia me moldura…
Precipitei-me ao diligenciar viver na ternura!
Louco sou… Na lucidez invulgar da loucura
Por sempre ensaiar manter o amor em mim…
Paulo Alves