Neste mundo irreal em que vivemos,
Somos o que somos, e o que fomos,
Não seremos mais. Assim, libertemos
A vida, e se não somos, ao que pomos,
Somos contraste, sem a subtil dinastia,
Que fez de nós um dia seres humanos,
Próprios de uma qualquer alquimia,
Levando-nos à evasiva e desenganos.
Ah, quem trouxesse, aqui, o novo dia,
E lembrasse ao homem a sua condição,
De ser-se humano sem demagogia!
Em sonhos de levar, perdemo-nos por aí…
O siso deixou de trazer qualquer razão…
Saberei eu, então, o quanto já vivi?
Jorge Humberto
01/04/07