Vou aonde esconde esse arvoredo
Caminho entre pedras ferventes
Atravesso riachos quentes
Navego pelo amazonas
Perigosamente ascendo fogueiras
Sem eira nem beiras aguardo o futuro
O futuro nem vem
E a vida balança na rede
Implora e cobra juros ardores
O passado já regateou no presente
O tempo do amor indolente
Sente como quem consente
Apagou o sentido das tempestades
Dos amores indecentes da mente
Ausente burla regras e conduz
Sem tréguas a beira da luz
Voa solitário e nublado
Ilude a neblina imagem
Do amor ingênuo
Sede de paisagem.
Diana Balis