A História está repleta de episódios de más intenções na utilização de venenos.
Desde que o humano habita esta terra que o veneno é utilizado de forma maligna. No entanto sabemos que se o veneno pode matar, também é certo que pode salvar/curar. Nele encontramos capacidades curativas. É tudo uma questão de dosagem.
Minha intenção, bem..., é puramente informativa, sem valores de toxidade mortal. Assim espero…
O veneno é um assassino furtivo e revela-se eficaz em quantidades ínfimas. Muitas vezes indetectáveis, como por exemplo o envenamento por arsénico. Mas que seria da História sem o veneno? garantidamente bastante mais aborrecida: a maçã de Branca de Neve, a arte de desafiar a morte dos encantadores de serpentes, a roleta japonesa dos apreciadores do peixe fugu. sem venenos, os vilões da banda desenhada, os contos de conspiração de agentes duplos, até o homem aranha não existia, sem a mordedura de uma aranha radiactiva carregada de veneno. As tartarugas ninjas remotam ao dia que caíram num esgosto repleto de materiais tóxicos. Laerts serviu-se de uma espada embebida em veneno para assassinar Hamlet, para não falar de Hitchcoock no filme " Difamação".
Pode-se dizer que que o veneno é um dos componentes da própria vida.
A toxicologia e a farmocologia são duas disciplinas interligadas, estudam as substâncias que provocam a morte, mas também como a salvar, tal como a serpente enrolada em torno de um bastão, simboliza Esculápio, deus grego da medicina.
Mas...o veneno rodeia-nos. Não é uma dose excesiva de uma substância como o arsénico que nos cria problemas. Os nossos problemas estão em tudo que ingerimos. Uma dose excessiva de vitamina A, a hipervitaminose, pode provocar lesões no fígado
uma dose excessiva de vitamina D pode lesionar os rins.Uma dose excessiva de água pode gerar hiponatremia, uma diluição do teor de sal no organismo que altera as funções cerebrais, cardíacas e muscular.
Até o oxigénio tem o seu lado sinistro(o oxigénio é a toxina mais perigosa), mistura-se com os alimentos para produzir energia, mas o nosso organismo também produz radicais livres de oxigénio-átomos com um electrão suplementar que provocam lesões nas biomoléculas , estamos permanentemente a oxidar, por outras palavras, o preço bioquímico da respiração é o
envelhecimento...vamos enferrujando.
Se o mundo é tão traiçoeiro e se estamos em permanente contacto com venenos por que razão não morrem mais seres humanos por envenenamento? (perguntam).
O nosso organismo foi concebido para nos proteger das toxinas naturais e artificiais. A primeira linha de defesa é a pele, composta por queratina, tão impermeável à água, numa tão apertada malha que só moléculas pequenas e solúveis conseguem penetrar. os nossos sentidos previnem-nos contra a ingestão de substâncias nocivas, existe o vómito como recurso, para eliminar. Por fim o fígado transforma os venenos solúveis em gordura, em resíduos soluveis na água, que podem ser eliminados através dos rins. A situação só se torna tóxica quando o limiar da dosagem é ultrapassado.
Por estas e outras razões não devemos recear...O VENENO é preciso para as várias terapias, no entanto, deveis estar atentos à proxima refeição.
" An ye harm none, do what ye will "