Aquela secular árvore frondosa e exuberante,
Seus galhos estendidos iam em toda direção,
Uma figueira lendária que diziam amedrotante,
Em meio a um caminho do meu amado rincão.
Historiavam os moradores que ali passavam,
Que em noites sem luar, em total escuridão,
Horripilantes vozes dela saíam e medravam
O caminhante, mesmo com sua reza e oração.
Quando amanhecia... era lindo o contemplar!
Suas folhas ao vento, baloiçavam sob emoção;
Frutos maduros! Ah! Como era bom degustar!
Ó figueira majestosa, espécime em adoração!
Fizeram de si uma lenda. Descabido inventar!
Da Natureza é filha, e princesa do meu torrão!
Rivadávia Leite
AQUARELA DE UM SONHO
Aquarela de mulher excêntrica e vaidosa,
Como é estranho este teu lângüido pensar!
Esta cisma persistente e assaz desastrosa,
No meu caminho, jamais deixarei passar!
Satírica maneira que te faz tão escabrosa,
Vendavais...