Num dia claro de sol, à sombra de uma goiabeira, dois irmãozinhos brincavam, empolgados, observando tudo à sua volta! -Carlinhos, você viu aquele jardim cheio de flores? -Vim sim, Gabriel! -Viu também quantas borboletas e abelhinhas a voar? Tem até um beija-flor bem colorido logo ali... Está vendo? -As abelhas eu vi, mas borboletas, não... Vi só umas lagartas feias e gulosas, comendo todas as folhas das plantinhas! Coitadinhas delas! Vamos matar todas as lagartas? -Não podemos fazer isso, Gabriel! Você vê uns embrulhinhos pendurados nos galhinhos das plantas? -Vejo sim, Carlinhos! Como podem existir tantas coisas feias, em vez de só as belas flores em um jardim? -Ah! Tolinho que você é! As borboletas põem os ovos, deles nascem as lagartas, que crescem comendo as folhas das plantas e depois dormem nos casulos, quando então se chamam crisálidas e, por fim, libertam-se como belas borboletas coloridas que beijam as flores. Depois elas colocam seus ovos e reiniciam seu ciclo de vida! As borboletas são as lagartas, depois de despertarem de seu sono no casulo! Entendeu agora por que existem as lagartas, Gabriel? -Entendi sim! As borboletas, as crisálidas e as lagartas são o mesmo bichinho, não é assim, Carlinhos? Mas, mesmo assim, as lagartas são muito feias! -Feias, porém muito úteis como tudo o que foi criado pelo amor de Deus! -Entendi... Mas, e as abelhas? São tão bravas e picam muito doído! -Picam para se defenderem, mas produzem o delicioso mel e, além disso, polinizam as flores! -O que é isso? P-o-l-i-n-i-z-a-m? -É simples, Gabriel... Como vão colher o pólem para fazer o mel, elas passam por muitas flores e isso ajuda a natureza, fazendo com que as flores se tornem mais férteis e produzam os deliciosos frutos, como a goiaba que você acabou de comer... -Então, sem as abelhas não existiriam os frutos? -Existiriam sim, pois as borboletas, o vento e outros insetos ajudam nessa tarefa, mas as abelhas colaboram e muito com o Criador! -Entendi tudo, Carlinhos! Se nós podemos fazer MAIS, por que nos contentarmos em fazer MENOS? E por falar em fazer mais... Vamos brincar de novo?
INÉDITO Jales (SP), agosto/2008
Direitos Autorais Reservados / Lei nº 9.610 de 19/02/1998
Que delícia ler este seu conto , quanta inspiração e sensibilidade ao narrá-lo, maravilhoso. Parabéns minha querida poetisa, se na minha infância tivesse tão belos contos assim com certeza eu seria uma poeta. Grande abraço e beijo. RosaMel.
Então acredito que existiram os melhores contos em tua infância, querida, pois sem dúvida és uma poeta de valor! Um beijo carinhoso em teu coração! Fatinha.
Fatinha, O conto além de bonito e gostoso a leitura é educativo.Com linguagem de facial compreensão explica a metamorfose que ocorre com as borboletas e a polinização.Parabéns! Bjins, betha.
Obrigada pelo comentário, Betha! Escrevi este texto a pedido das evangelizadoras infantis de meu grupo e até que gostei do resultado! Beijinhos mil em ti! Fatinha.