Poemas -> Desilusão : 

CÂNTICO DO ADEUS

 
CÃNTICO DO ADEUS
(Ivone Carvalho)


Qualquer palavra já não importa
Nem sei mais o que eu faço aqui
Sem teu amor, hoje sou morta,
Pois ao te amar é que nasci.

Qualquer verso já não tem graça,
Morreu em mim, a poesia,
Quanto mais o tempo passa
Mais tu levas minha alegria.

Faltou pouco para me amares,
Na intensidade que te amei,
Bastaria te orgulhares
Do amor que te dediquei.

Era preciso acreditares
Que meu amor não terá fim,
Bastaria tu me olhares,
Sentires o que te dou de mim.

Passou o tempo, passou a vida,
Foram-se os versos, as esperanças,
Hoje, estas lágrimas sentidas,
Fazem-me parecer criança

Perdi os sonhos, perdi a vida,
Tirastes de mim quase tudo,
Tu levas contigo o orgulho,
O altar que te dei neste mundo.

Levas de mim a coragem
De tanto brigar por teu amor,
Deixas comigo a mensagem
De que pra mim só queres a dor.

Vá, amor, vá ser feliz
Ao lado de quem diz que te ama,
Fica, no coração, a raiz,
Do amor que por ti clama.

Talvez tu estejas contente,
Sentindo-se livre de mim,
Preferes ficar ausente,
Matando-me tanto assim.

Se um dia sentires saudade,
Por Deus, não penses duas vezes!
Traga-me a felicidade
Que te pedi tantas vezes!

Despeço-me por decisão tua,
Com o peito chorando, a alma nua,
Sem mais saber como viver.

Se um dia te arrependeres,
Deixes que o orgulho e a vaidade,
Não mais dirijam tua felicidade.

Nem será preciso gritar,
Bastará te aproximares,
E vires, enfim, me amar!


 
Autor
IVONE CARVALHO
 
Texto
Data
Leituras
925
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
João Marino Delize
Publicado: 31/08/2008 21:37  Atualizado: 31/08/2008 21:37
Membro de honra
Usuário desde: 29/01/2008
Localidade: Maringá-
Mensagens: 1976
 Re: CÂNTICO DO ADEUS
As vezes temos que esquecer de quem nós esquece.
Acho que é bobagem bater em ferro frio. Temos que
partir para outra. Também uma relação que não der certo, não acho ser motivo para parar de escrever, pois a desilusão sempre foi motivo para se escrever mais e mais

abraços: