Foi chorando,
varrendo a tristeza,
lavando a vergonha,
a pobre menina
outrora risonha.
A encontrou uma fada
de asas de algodão
e de prata o cabelo.
Num passo de condão
um vestido de gelo,
em duas estrelinhas
sapato de cristal
em vez de chinelo.
Subiu a bela
para a abóbora agora carruagem,
sentiu-se uma donzela
naquele encanto de viagem.
Chegando ao palácio,
fez brilhar as estrelas,
rodando no seu brilho,
substituindo as velas.
Lhe pediu o soberano
que com ele bailasse,
rodopiando deleitados
num romântico enlace.
Doze badaladas tocadas,
o par docemente oscilando,
Cinderela despertou
do sonho que os estavam embalando.
Fugiu pela escadaria
perdendo o cristal,
seguiu-a o príncipe
não querendo esse final.
Em farrapos o cetim,
em abóbora o coche,
triste a bela
com tão repentino fim.
Procurou a dona do sapatinho
o futuro rei apaixonado,
mas não encontrou pezinho
para o vidrinho prateado.
Encontrou uma casa,
três irmãs com sua mãe,
e só mais a empregada
que não lhes parecia bem.
Insistiu o príncipe,
experimentou-se o cristal,
coube perfeito
e de beleza desigual.
Juntos o príncipe e Cinderela,
unidos para amar
juntos o rico e a bela
Sem nada para os separar.
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