A Vida
“Si no fuera lo que eres,
?qué querrías ser?
Todo y nada a la vez,
que la ilusión la he puesto
en lo que tengo
y el deseo em aquello que soñé.”
(Conformidade- trecho do poema da poeta espanhola Emilia Currás )
Quando chegava a qualquer hora da noite, lá estava dona Belinha lendo perto do abajur novo. O mundo corria lá fora, a maldade mandava, mas ela serena mergulhava no capítulo do meio de alguma história nova .
Era como uma morada segura, estar sob o seu olhar de manhã azul.
Quando Lúcia aparecia cansada da noite de ilusões, era no seu colo que secava as lágrimas e pedia – amanhã não deixa eu ir pra rua, mãe – mas eram favas contadas, a filha não suportava ficar sem a bagunça dos amigos boêmios e sempre voltava da madrugada só e cansada de tanta euforia.
Dona Belinha acordava cedo, ajeitava as compras fazia o café , depois lia o jornal e ia viver mais um dia tranqüilo já tendo organizado o que faria no almoço e lanche do dia..
Lúcia teria que pagar as contas e ir para o trabalho discreto, naquele terninho azul marinho que costumava usar no fórum.
Voltaria para almoçar com a mãe, a filha talvez viesse visitá-la pela tardinha, e as três tomariam sorvete no italiano perto de casa.
De anormal só o fato de que fazia três dias que o cão Bob morreu, deixando um vácuo grande na vida daquelas mulheres. Mas já tinham combinado sair juntas para comprar um filhotinho que fosse parecido com aquele que tantas alegrias deixou em suas vidas...
Nina Araújo
O poeta Walmar Belarmino assim diz:
“CORAÇÃO DE POETA É TÃO SENSÍVEL,
TÃO SENSÍVEL DE UM JEITO IMENSURÁVEL
QUE CONSEGUE SENTIR O INAUDÍVEL
E BEIJAR COM LEVEZA O INTOCÁVEL
VER UM DEUS EM CADA MISERÁVEL
E CHORAR PELA DOR DE UM OPRIMIDO
MESMO ...