AINDA NA PRAIA DO POÇO
(Jairo Nunes Bezerra)
No espairecer de mais uma tarde,
Vi a escuridão se aproximando,
E o escuro contrariando minha vontade,
Ofuscou o espaço o flexionando!
Nem dia!... Nem noite!... Apenas escuro!
Sem tremular das estrelas...
Isolando, sinto-me um poeta obscuro,
Resguardado num mar de incerteza!
À distância, um barco veleja!
Difícil é acompanhá-lo na sua peleja,
Ante os ventos que até me irritam!
E volto a meditar sem ilusões,
Confabulando com poesias e canções
Que de minha mente cintilam!