Oportunidades surgem vagas, desplantes,
Num ápice obrigatório, sentimos,
Que dentro de nós há algo que nos diz que é a realidade,
Como se não pedíssemos, tornamo-nos amantes,
Desta irrisória vontade, a saudade.
Senti o aperto, que dizem ser um costume,
Que dentro de si haverá limites,
De quem vive o suficiente para saber,
Nesta áurea demasiado negrume,
Que não só os sonhos nos servem de comer.
Momentos que nunca vou esquecer,
Todos os sítios me chamavam a atenção,
Sentir o tal aperto, sentir que passou o tempo,
E numa tristeza sombria, sorrir é como reconhecer,
A mão amiga que nos conforta como o vento.
Tenho o olhar pesado e cansado,
Um dia farto, uma noite de sono para dormir,
Vou pousar na minha mente e reter,
As memórias que me fazem sorrir amado,
Mas que não desisto: Eu quero viver.